O Conselho de Ética do Senado aprovou na noite desta segunda-feira
(25), por unanimidade (15 votos a favor e 0 contra), relatório que pede a
cassação do mandato do senador Demóstenes Torres pelo elo com o bicheiro Carlinhos Cachoeira.
Para se efetivar, a perda de mandato ainda precisa passar por análise
da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e depois ser votada no
plenário da Casa, onde o voto é secreto.
A maioria dos integrantes do colegiado seguiu o entendimento do relator, Humberto Costa (PT-PE), para quem Demóstenes quebrou o decoro e usou o mandato parlamentar para tentar beneficiar o contraventor, preso no fim de fevereiro na Operação Monte Carlo, da Polícia Federal.
A maioria dos integrantes do colegiado seguiu o entendimento do relator, Humberto Costa (PT-PE), para quem Demóstenes quebrou o decoro e usou o mandato parlamentar para tentar beneficiar o contraventor, preso no fim de fevereiro na Operação Monte Carlo, da Polícia Federal.
O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, afirmou que "já
esperava" o resultado. "Fizemos exatamente esse pedido, tendo em vista o
que aconteceu. O correto é que fosse ao plenário. Conversando com o
senador, ele concordava com a tese de que o plenário é quem tinha que
decidir", afirmou. Ele disse ainda ter a "expectativa de que o senador
será inocentado em plenário.
No parecer, de 79 páginas e lido em aproximadamente três horas, Costa disse que o mandato de Demóstenes foi "corrompido". "Afirmo, sem tergiversar, que o senador Demóstenes Torres teve um comportamento incompatível com o decoro parlamentar: percebeu vantagens indevidas e praticou irregularidades graves no desempenho do mandato", disse o relator.
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