Atendendo ao requerimento da União Internacional Protetora dos Animais (Uipa) e solicitado pelo deputado Dedé Teixeira (PT), o evento foi conduzido pelo deputado Augustinho Moreira (PV).
A presidente da Uipa, Geuza Leitão, condenou qualquer tipo de manifestação que incentive ou estimule a prática das vaquejadas, marcadas pelos claros e evidentes maus-tratos aos animais.
Para Geuza, a Constituição Federal do país é soberana ao proibir atos de violência contra animais.
“O que vemos são aberrações, como no município de Maranguape, onde há uma lei municipal que autoriza o Poder Executivo a realizar rodeios e vaquejadas, ou aqui mesmo na Assembleia onde tivemos um projeto de lei aprovado, de autoria do deputado Welington Landim (PSB), que regulamenta a vaquejada como prática desportiva e cultural no Ceará. O que se faz agora, rasga-se a Constituição?”, questionou Geuza.
O presidente da Federação Cearense de Vaquejada, Jean Marques de Araújo, defendeu a legalidade das competições de vaquejada no estado do Ceará, destacando que os regulamentos das competições organizadas pela federação têm uma preocupação de punir e
eliminar automaticamente dos eventos qualquer vaqueiro no qual o animal apresente ferimentos ou machucados, e que exceções presenciadas em outras competições não podem ser manipuladas e passadas ao público de maneira distorcida.
Segundo Jean Marques, “em todas as vaquejadas promovidas e chanceladas pela federação, os cavalos são muito bem tratados”.
Para o médico veterinário, Plácido Campelo, “o bem estar animal tão propagado é uma hipocrisia, visto que nos laboratórios de pesquisa em todo o mundo existe a utilização de animais para fins experimentais, e que essa discussão não é tão difundida quanto as que envolvem práticas esportivas”, defendeu o médico.
Ainda segundo ele, “é preciso ter um conhecimento mais aprofundado sobre o assunto para não cair em demagogias, pois a vaquejada não nasceu por acaso, ela é histórica e remete às origens da região Nordeste”, salientou o médico. Plácido Campelo complementou ainda, que “a defesa deste esporte é importante para não nos esquecermos de nossas raízes e de nosso folclore”, pontuou.
*Com informações da assessoria de comunicação da Assembleia Legislativa do Ceará
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