segunda-feira, 17 de junho de 2013

Manifestações contra aumento das tarifas se espalham pelo Brasil

Manifestações acontecem em, ao menos, 11 capitais do país, inclusive em Fortaleza














Milhares de pessoas saíram às ruas nesta segunda-feira (17) em, ao menos, 11 capitais do país para protestar contra os reajustes da tarifa de ônibus, a repressão policial nas manifestações recentes em São Paulo e para pedir ética na política, investimentos em saúde, educação e transporte, entre outras reivindicações. Também foram ouvidas palavras de ordem contra a presidente Dilma Rousseff, o deputado Marco Feliciano, governos estaduais e municipais e até contra a PEC 37, que tira o poder de investigação do Ministério Público.

Além de São Paulo, Rio e Brasília, há protestos nas seguintes capitais: Belo Horizonte, Fortaleza, Vitória, Maceió, Belém, Salvador, Curitiba, Porto Alegre. Há manifestações também em Londrina (PR), Foz do Iguaçu (PR), Indaiatuba (SP) e Juiz de Fora (MG).

Em Belo Horizonte, a marcha rumo ao Mineirão, onde Nigéria e Taiti se enfrentaram pela Copa das Confederações, ganhou corpo durante a tarde. Às 14h, havia 2.500 manifestantes. No início da noite, já eram 15 mil, segundo a Polícia Militar.

Em Fortaleza,a maioria das faixas e cartazes traz mensagens de solidariedade aos feridos nos protestos de São Paulo e Rio.

Em Salvador, onde o último reajuste de tarifas ocorreu há um ano, cerca de 5 mil pessoas tomaram as ruas.
"Estamos contra tudo que esta aí. Pelo direito de manifestação sem truculência policial. Contra essa Copa, que só beneficia poucos", disse a estudante Larissa Soares, 16.

Em Curitiba, a PM estima em 5 mil os participantes do protesto, que pedem passe livre para os estudantes e a criação de uma empresa pública para gerir o transporte na cidade.

Em Maceió, o foco é a redução da tarifa de ônibus, reajustada recentemente de R$ 2,30 para R$ 2,85 e mantida no menor valor por força de uma decisão judicial.

Em Vitória, as palavras de ordem são contra a corrupção e a favor da tarifa zero. Em Londrina (PR), onde houve recente redução da tarifa do transporte coletivo, os manifestantes pedem melhorias na educação e na saúde. Em um dos cartazes empunhados por manifestantes se lê "Desculpe o transtorno, estamos mudando o país".

Manifestantes paulistas se dividem

Na capital paulista, a Polícia Militar aponta cerca de 30 mil pessoas no protesto que se concentrou no largo da Batata, na região de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo. O Datafolha, no entanto, aponta que o número é de aproximadamente 65 mil pessoas.

Após a concentração no largo da Batata, o movimento decidiu dividir a passeata em dois grupos. Uma parte foi pela av. Rebouças sentido marginal Pinheiros, e outra pela av. Faria Lima. Inicialmente, um grupo liderado pelo partido PSTU disse que seguiria em direção à avenida Paulista, mas desistiu do trajeto.
As últimas manifestações do grupo foram marcadas por confrontos com a Polícia Militar. O último caso ocorreu na quinta-feira (13), quando houve confusão na rua da Consolação, na região central. Segundo organizadores, ao menos cem pessoas ficaram feridas e mais de 200 foram detidas. Dentre jornalistas, houve 15 feridos, sendo sete da Folha de S.Paulo.

Nesta segunda, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que a PM não usará balas de borracha contra os manifestantes.

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