domingo, 9 de junho de 2013

Ex-ministro Ciro Gomes recebe R$ 26 mil como 'consultor' do PSB

 
 
Desde que deixou a cadeira na Câmara dos Deputados, no início de 2011, o ex-ministro e ex-governador Ciro Gomes tem outro emprego: presta assessoria política para o PSB do Ceará, cujo presidente é seu irmão, o governador Cid Gomes. Pela função, é muito bem pago: R$ 26,7 mil brutos por mês, o mesmo que um deputado federal. Atualmente, ele não é mais integrante da direção estadual da legenda, de acordo com dados do no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O PSB do Ceará também já teve na sua executiva outro dos irmãos Gomes: o deputado estadual Ivo Ferreira Gomes, que foi secretário de governo de Cid.
Ciro é o principal articulador político do clã e ganhou projeção nacional depois de disputar duas eleições presidenciais (1998 e 2002). Na última, obteve mais de 10 milhões de votos (4º lugar).
Embora não seja mais integrante da executiva estadual da legenda, segundo o site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ciro é membro da executiva nacional do partido.
Em nota enviada ao GLOBO, a assessoria de imprensa do PSB do Ceará informou que Ciro presta assessoria política à direção estadual do partido por causa de sua experiência como ex-prefeito, ex-governador, ex-ministro e ex-deputado: “(Ciro) auxilia e promove ações da legenda em todo o estado, atuando também na criação de diretórios municipais.” A assessoria confirmou que ele recebe como pagamento o mesmo que um deputado federal.
O pagamento para eminências políticas dos partidos não é ilegal. O ex-presidente Lula, antes de se tornar presidente e mesmo antes de andar pelo mundo fazendo palestras e cobrando um bom dinheiro — depois que saiu do Planalto —, também recebia salário do PT. A presidente Dilma Rousseff, quando deixou o cargo de ministra da Casa Civil, em 2010, para se dedicar à campanha, também teve despesas pagas pela legenda. (C.G.)

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