Ministério Público do Estado do Ceará decretou prisão preventiva do prefeito de Potengi,
Samuel Carlos Tenório Alves de Alencar, além de servidores municipais e
de empresários acusados de desviar verba pública do município. A
decisão também expediu mandados de afastamento do cargo dos gestores
públicos por 180 dias e de busca e apreensão.
Além do prefeito, são acusados de participar do esquema a secretária de
Educação, Elainy Cristina Guedes Cavalcante; o chefe do gabinete do
prefeito, Francisco Elmano de Alcântara; o secretário de Saúde, Antônio
Galvão de Alencar Alves; a presidente da Comissão de Licitação, Maria
Alice Rodrigues Feitosa; e os empresários Roberta Antônia Almino Siebra,
Joan Simões de Araújo, Cícero Hélio Inácio Sales, Adriano Soares de
Matos e José Armando de Castro.
Prisões
Na manhã desta sexta-feira (10), em Potengi, foram presos
preventivamente Francisco Elmano de Alcântara e Maria Alice Rodrigues
Feitosa. Em Juazeiro do Norte, foi preso o empresário
Joan Simões. Os outros quatro mandados de prisão preventiva ainda não
foram cumpridos. Informações apontam que o prefeito, a secretária de
Educação e o secretário de Saúde estão em viagem para o Chile. A
empresária Roberta Antônia Almino Siebra não foi localizada.
Também foram cumpridos nesta sexta-feira os mandados de busca e
apreensão nas residências dos acusados e nas sedes das empresas Skada
Construções Ltda e Simões Construtora Ltda. Na casa da presidente da
Comissão de Licitação, foi encontrada merenda escolar. Por isso, além de
Maria Alice, também acabou sendo preso em flagrante pelo crime de
peculato o seu esposo, José Normando, que é chefe do almoxarifado.
As investigações do MP apontam que o grupo criminoso atuava desde 2009,
sob o comando do prefeito municipal, em um esquema contínuo de fraude na
aplicação de recursos públicos. O desvio é estimado em R$ 779 mil, que seriam supostamente destinados ao pagamento de compromissos referentes à locações de veículos e outras despesas públicas.
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