sexta-feira, 24 de maio de 2013

Ciro dispara contra Aécio, Campos, Marina e coalizão governista



O ex-ministro Ciro Gomes (PSB), voltou a disparar seus petardos contra a base de sustentação política da presidente Dilma Rousseff. O socialista declarou não ter nenhum “entusiasmo” pela “coalizão de picaretas” que cercam a petista. Apesar das críticas apontadas, Ciro segue como apoiador da reeleição de Dilma e chama atenção para “indigência de ideias” da oposição.

“Ela tem mais de 70% de aprovação no Brasil. Não tenho nenhuma simpatia pela política econômica que ela faz, mas ela pessoalmente merece e está se esforçando”, disse, destacando o lado mais voluntarioso da presidente.

Apesar do apreço pessoal que cultiva pela petista, Ciro não perdoa e se diz intransigente com o modo como o processo de reeleição se enraíza no país. “A reeleição é uma impertinência para os costumes republicanos brasileiros. Em vigor como está, ela funciona como um mandato de oito anos com um plebiscito no meio”, avalia.

Ciro Gomes também não poupou críticas ao senador mineiro Aécio Neves (PSDB), à ex-senadora Marina Silva e, até, ao correligionário e governador de Pernambuco, Eduardo campos (PSB).


AÉCIO

“O Aécio quer ganhar da Dilma tendo como símbolo O Fernando Henrique Cardoso? Essa eleição está perdida. Não é por demérito do pessoal do FHC, é que ele representou um modelo que ferrou o Brasil. Nós quebramos três vezes. Essa é a memória que o povo tem. Com a falta de ideias e esses elementos simbólicos, retrógrados e reacionários, [Aécio] não vai para canto nenhum”.

CAMPOS

“O Eduardo é um cara mais aplicado politicamente do que o Aécio. O Eduardo tem mais coisa na cabeça do que o Aécio. Enfim, mas estrada. Mas, ideia para o Brasil, eu não conheço. E nós temos uma contradição em favor do Aécio e desfavor nosso: é que nós estamos agarrados lá dentro [do Governo]. Acocorados, comendo migalhas do banquete de fisiologia do PMDB com o PT. Qual é a moral, qual a coerência que nós temos para, na véspera da eleição, sairmos de um Governo que deixamos de enfrentar quando podíamos, para, agora, termos um candidato?”

MARINA

“Um zero completamente à esquerda. A pessoa que diz que o partido não é de centro, nem de esquerda ou direita, ele é de que? No mundo não tem muita saída. A Marina é minha colega, minha amiga. Fomos colegas, conheço profunda e intimamente, trabalhamos juntos quatro anos, inclusive ela me atrapalhou o que pôde no projeto da transposição das águas do São Francisco. Mas conseguimos negociar. Depois impediu de fazer a BR 163, depois caiu em si e pediu para acelerar a BR que liga Cuiabá a Santarém. E a Marina quis que o Governo Federal assinasse um documento internacional declarando a energia hidráulica não renovável, o que além de ser um disparate, colocaria sob suspeita insustentabilidade toda a economia brasileira. Sem falar que a economia mais limpa e barata do mundo é a hidráulica. Não é ainda a solar, porque não é ainda a solar. Não basta ser limpa, tem que ser viável para o povo pagar. E a energia solar ainda é muito cara em proporção do salário que o povo brasileiro tem”.

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