Segundo o governador, recusa de Ciro em disputar Senado decidiu decisão de não renunciar
O governador Cid Gomes (Pros) negou, neste fim de semana, que sua permanência no cargo tenha relação com posição de seu vice, Domingos Filho (Pros), no caso de uma vacância no comando do Estado. De acordo com o governador, o que decidiu a sua manutenção no Executivo Estadual foi apenas a desistência do irmão Ciro pela disputa ao Senado.
“Domingos Filho participou da conversa juntamente com todas as lideranças do Pros. A decisão dele [de não renunciar] não teve peso maior ou menor. Eu acreditava que o Ceará precisaria de um nome no Legislativo para representar o Estado em Brasília, e esse nome seria Ciro Gomes. Como ele não aceitou concorrer, não havia mais razão para deixar o cargo”, disse Cid neste sábado.
Na sexta-feira passada, Cid Gomes anunciou que permanecerá no governo até o final de seu mandato, em 31 de dezembro. O anúncio, feito via Facebook, ocorreu onze dias após ele próprio cogitar possibilidade de renúncia para viabilizar candidatura de Ciro Gomes ao Senado.
Desentendimento
Nos bastidores da política cearense, o que se comenta é que a renúncia só não ocorreu pois Domingos Filho teria afirmado que assumiria o governo no caso da saída de Cid. O plano original do governador, no entanto, seria que os dois renunciassem, possibilitando posse do presidente da Assembleia, José Albuquerque (Pros) no cargo.
A insistência de Domingos em permanecer no cargo teria inclusive, insinuam alguns deputados estaduais, motivado alfinetada de Ciro Gomes ao vice-governador. “O mais importante é não deixar o Ceará cair na mão de um aventureiro”, disse Ciro, durante evento em Limoeiro do Norte na última quinta-feira.
O governador também destacou que, embora não tenha ocorrido acerto entre eles, não houve rompimento com o pré-candidato do PMDB ao governo, Eunício Oliveira (PMDB). Sobre o debate em torno da escolha do candidato, Cid Gomes diz que ficará para o final de junho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário