Números fazem parte da Operação Rodovida que calcula o índice de gravidade das estradas do Brasil
Índice de gravidade é calculado considerando o número de acidentes no trecho e sua gravidade Foto: JL Rosa |
O Ceará tem 3 trechos entre os 100 mais perigosos das rodovias federais. O dado foi divulgado nesta quinta-feira (19) peloMinistério da Justiça. A pesquisa faz parte da Operação Rodovida que calcula o índice de gravidade das rodovias federais em 2013, baseados em estudos da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e pelo Instituto de Pesquisa Ecônomica Aplicada (Ipea).
A rodovia que possui maior índice de gravidade (2.150) no Ceará é a BR-222, que aparece em 10º lugar no ranking brasileiro. O trecho entre os km 0 e 10, que tem início em Fortaleza, registrou 420 acidentes, com 281 feridos e 13 mortes. O índice é calculado considerando o número de acidentes no trecho e sua gravidade.
O segundo trecho cearense que aparece no ranking é da BR-116, com índice de 1666. Segundo o estudo, o local é o 16º da lista, com 471 acidentes, 154 feridos e 17 mortos. Por último, na 88ª posição aparece o trecho da BR-116, entre os kms 10 e 20. Com índice de 808, a rodovia federal registrou 148 acidentes, 87 feridos e 9 mortos.
SC tem o trecho mais perigoso do Brasil
O trecho mais perigoso do País está localizado entre os km 200 e 210 na BR-101 em Santa Catarina. Com índice de 3954, foram registrados 1049 acidentes, com 516 feridos e 13 mortos. O número de vítimas de acidentes na região catariense é o mesmo do trecho mais perigoso do Ceará. Já a segunda zona mais perigosa do estado cearense registrou ainda mais vítimas (17 mortes) que o pior trecho do Brasil.
O índice de gravidade, que classifica os trechos críticos, é definido da seguinte forma: acidente sem vítima: 1 ponto; acidente com vítima: 5 pontos; acidente com óbito: 25 pontos. Para o cálculo, multiplica-se o número de acidentes registrados no trecho pela pontuação de cada tipo. O somatório final é o índice de gravidade.
Rodovida diminui taxa de mortes
Desde o início da Operação Rodovida, a taxa de mortes por milhão de veículos diminuiu 24,5%, apesar da frota ter aumentado 17,5%. As semanas de Natal, ano novo de 2010 e carnaval de 2011, último ano antes do início da Rodovida, registraram uma taxa de mortes por milhão de veículos de 13,5. Já na primeira edição, em 2011/2012, essa taxa reduziu para 10,6. Na edição seguinte, a taxa atingiu 10,2.
Operação tem início em todo o País
Governo Federal iniciou nesta quinta-feira a terceira edição de uma ação integrada com estados e municípios para intensificar a fiscalização e reduzir os acidentes de trânsito no Brasil no período de festas de fim de ano e férias (19 de dezembro a 31 de janeiro de 2014) e de carnaval (21 de fevereiro a 9 de março de 2014). A atuação de fiscalização integrada será empregada com a realização de blitz nas vias que servem de acesso aos trechos mais perigosos do País.
A PRF prevê mais de 1.130 ações de fiscalização, nas quais serão utilizados 920 novos veículos e mais 130 radares móveis. Essas ações de fiscalização estarão voltadas para motociclistas, alta velocidade, ultrapassagem e consumo de bebida alcoólica. Foram definidas parcerias com os Departamentos de Trânsito dos estados, Polícia Militar e órgãos de trânsito municipais.
Ainda para o próximo ano está prevista a execução de serviços de sinalização rodoviária, serviços relacionados à área de engenharia de trânsito e instalação de dispositivos auxiliares de segurança viária em 17 dos 44 trechos sob administração do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
As intervenções fazem parte do Programa Nacional de Segurança e Sinalização Rodoviária (BR Legal), que também investirá em 2014, na implantação de sinalização turística. As vias de acesso às cidades sedes da Copa do Mundo 2014 e das Olimpíadas 2016 receberão indicações especiais em inglês e espanhol, serviço que contemplará os polos geradores de turismo em todo o país.
Além disso, cerca de 2.000 pontos críticos de rodovias identificados pelas estatísticas de acidentes receberão sinalização ostensiva com pórticos em trechos urbanos e defensas metálicas em trechos com curvas mais acentuadas, o que aumentará a segurança para o tráfego.
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