Com quatro meses sem chuvas, o Ceará vive
atualmente um dos piores períodos de estiagem dos últimos 40 anos,
segundo a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). A falta de
chuvas repercute diretamente no volume dos açudes que contribuem para o abastecimento de água em todo o Ceará. Dos 139 açudes monitorados pela Cogerh, em parceria com o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), apenas o açude Gavião, localizado no município de Pacatuba, na Região Metropolitana de Fortaleza,
está com volume acima de 90% da capacidade de abastecimento. Atualmente
o reservatório acumula cerca de 31 milhões de metros cúbicos de água, o
que representa 93% da sua capacidade total. Outros quarenta açudes apresentam volume abaixo de 30%, como o Carmina (14%), localizado no município de Catunda; Santa Maria (14%), no município de Ererê; Penedo (21%), em Maranguape; Pompeu Sobrinho (23%), em Choró; Jerimum (10%), em Irauçuba; Farias de Sousa (22%), no município de Nova Russas; Souza (14%), em Canindé; Madeiro (6%), no município de Pereiro; e Sucesso (8%), em Tamboril. De
janeiro a setembro deste ano, o volume acumulado no estado caiu cerca
de 15%. No início do ano a água acumulada nos reservatorios representava
70,93% do total de armazenamento. Contrariando
as previsões, em todo o Ceará, choveu 352,1 milímetros, metade do
esperado. As regiões mais castigadas pela falta de chuvas foram o Sertão
Central, a região Jaguaribana e o Sertão dos Inhamuns. O
Ceará deverá ficar ainda cerca de dois meses sem chuvas. Segundo a
Funceme, o período da pré-estação chuvosa só deve ser iniciado no final
de dezembro ou início de janeiro e se estenderá até a primeira quinzena
de fevereiro. Já a quadra chuvosa, propriamente dita, deve se estender
até o mês de maio de 2013.
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