quarta-feira, 13 de março de 2013

Primeira Sessão da Comissão de Direitos Humanos é Marcada por Bate-Boca


Jair Bolsonaro provocou manifestantes e disse que ‘acabou a festa gay’


Parlamentares discutem durante sessão da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, sob a presidência do deputado Marco Feliciano (PSC-SP)
Foto: Givaldo Barbosa / O Globo
Parlamentares discutem durante sessão da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, sob a presidência do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) Givaldo Barbosa / O Globo
BRASÍLIA – A tumultuada sessão da Comissão de Direitos Humanos, além de briga, troca de insultos e protestos, também foi marcada pela mão forte com que o pastor Marco Feliciano (PSC-SP) presidiu sua primeira reunião. Ele recusou até mesmo pedido de seus aliados para suspender a sessão. Alguns parlamentares, de oposição à sua indicação para o cargo, pediam a palavra, argumentando 'questão de ordem', e o presidente não os atendia. Em suas palavras, Feliciano "cassou" a palavra da deputado Erika Kokay (PT-DF). Por outro lado, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) provocou os manifestantes contrários a Feliciano dizendo que “acabou a festa gay”.

Durante a sessão, que durou menos de duas horas, Marco Feliciano e deputados do PSC tentaram ignorar os gritos e palavras de ordem dos manifestantes, lendo trechos dos requerimentos que estavam sendo votados ou manifestando suas posições sobre eles. Foram votados seis requerimentos de audiências públicas, dos oito que estavam na pauta, que não continha nenhum projeto.

Houve tumulto antes mesmo de começar a sessão. Manifestantes evangélicos ocuparam todos os assentos destinados a visitantes. Grupos de defesa dos direitos dos gays chegaram e permaneceram no
corredor lateral, dentro da sala. Após serem provocados por Bolsonaro, representantes do movimento LGBT responderam

- É esse tipo de representante que vocês querem defendendo vocês? É esse tipo de cara que vocês querem representando a igreja de vocês?

Os manifestantes evangélicos aplaudiram e disseram que sim.

- Enquanto existir essa comissão, os veados vão estar aqui. A gente saiu do armário, quebramos o armário e não voltamos mais pra ele – disse um manifestante para Bolsonaro.

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