Os
dirigentes do Corinthians desconversam e preferem dizer que “vão
aguardar a apuração dos fatos” quando são perguntados sobre uma possível
punição ao Corinthians por conta da morte do torcedor Kevin Beltrán, 14
anos, no estádio Jesús Bermúdez, em Oruro (BOL). O jovem morreu
atingido por um sinalizador que teria sido disparado pela torcida
corintiana, no empate por 1 a 1 contra o San José.
A punição ao Corinthians pode ser
pesada. Dependendo de como a Conmebol julgar o caso, existe até o risco
de exclusão da equipe da competição continental, da qual é a atual
campeã.
Após quase 97 anos sem ter um órgão para
disciplinar e punir clubes e jogadores, a Conmebol criou o Tribunal de
Disciplina e a Câmara de Apelações em 2012, motivados pela confusão
entre São Paulo e Tigres na final da Copa Sul-Americana. Os dois órgãos
judiciais interpretarão o Código de Disciplina da entidade, que passou a
valer nesta edição da Copa Libertadores.
Neste código, há o artigo 11, que prevê
punições para comportamentos inadequados de seus torcedores - como
invasão de campo, objetos atirados no campo, o uso de sinalizadores,
fogos de artifício ou qualquer outro objeto pirotécnico, entre outros. A
polícia boliviana já confirmou que o objeto foi atirado por
torcedores
do Corinthians, e prendeu 12 deles.
O artigo 18, que detalha as punições,
fala em multas (de até R$ 200 mil), anulação ou repetição do jogo, perda
de pontos, proibição de jogar em um estádio ou país e até exclusão da
competição (presente ou de edição futura). Como não há procuradoria, o
tribunal só entra em ação caso haja denúncia de algum clube.
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